Terra Estrangeira “Oh, minha honey baby”...
Sim! Terra Estrangeira faz com que qualquer brasileiro se sinta estrangeiro em seu próprio país. O filme com teor político e social mexe com os sonhos e vontade de fazer uma boa vida fora do país, trazendo situações comuns num desenredar surpreendente. Um filme emblemático dos anos 90, que merece ser visto!
Paco poderia ser mais um garoto brasileiro, mas sua vida toma um destino inesperado, sua mãe, (interpretada pela magnífica Laura Cardoso), morre com o sonho de levar seu filho para conhecer suas raízes numa cidade da Espanha. Paco que sonha em ser ator espera por algo que pode mudar totalmente sua vida.
É interessante ressaltar a forma que Laura morre – logo no início do filme -, tanto pode ser interpretada de forma simbólica como se a nação morresse ao descobrir o “golpe” de Collor nas cadernetas de poupanças. A desilusão da personagem ao ver toda sua economia mesclada com os sonhos ir por água baixo. Paco, abalado e sem perspectiva de vida, acaba entrando em declínio.
É numa mesa de bar, bêbado, que conhece um misterioso homem, Igor (Luís Mello) que mudará seu destino drasticamente, num papel sedutor, recheado de diálogos inteligente e envolvente. Ressalto o momento em que Igor convence Paco a aceitar um “empurrãozinho” na sua viagem à Europa em troca de entregar uma encomenda a Portugal.
É aí que começa a grande aventura, sem saber o que era a mercadoria ele ruma numa longa viagem para entregar a tal encomenda para Miguel (Alexandre Borges), que é um músico viciado em heroína e contrabandista. Mas ao chegar a Lisboa descobre que Miguel está morto. Mesmo neste caos Paco se envolve com Alex (Fernanda Torres), namorada do falecido, e é nesse meio tempo que a tal mercadoria desaparece, gerando as situações mais dramáticas.
A película de Salles é um jogo elegante, com uma trama envolvente que combina com a coloração preta e branca das imagens, dando certo charme ao filme. A trilha que acompanha o filme é a linda música Vapor Barato, na voz de Gal Costa.
10 comentários:
gostei ..parece ser muito bom esse filme
6 de maio de 2010 às 06:56Parece bom o filme. Gostei da história! Vou assistir com certeza. Parabéns pelo blog. Abraço.
6 de maio de 2010 às 07:12nada que walter salles faça pode me agradar.
6 de maio de 2010 às 09:19gal cantando o rappa? haha demais
6 de maio de 2010 às 09:23pela descrição deve ser um bom filme.
abraço
Vapor Barato foi cantada por Gal Costa muito antes do Rappa - ainda na década de 70! E fica magnífico!!
6 de maio de 2010 às 09:27Fiquei interessada em ver o filme, eu particularmente gosto dos nacionais.. acho que tem muita coisa boa sendo produzida!
;D
parece ser muito bom
6 de maio de 2010 às 10:09qro ve
xD
Apesar da minha preferência por cores, acho que Terra Estrangeira é uma obra de arte brasileira. Só isso.
6 de maio de 2010 às 11:54O roteiro é construído de forma brilhante, como Walter Salles sempre é. Não gostei de algumas partes do filme, mas Gal Costa cantando é demais.
E por ter vivido a Era Collor, acho que esse filme foi uma das grandes obras primas da época, fazendo uma certa crítica ao contexto.
Apesar de que esse nao é um filme atemporal, a parte que tu falaste de mexer com os sonhos, creio que é apenas para aquela época, hoje não serve mais.
NEM CURTO ESSE TIPAO
6 de maio de 2010 às 12:18NEM CURTO, PORRA!
gostei do clip não conhecia, mais achei muito legal^_
6 de maio de 2010 às 12:26xau
Adoro esse filme do Walter Sales, adoro a canção da Gal, os atores, a fotografia, o enredo... esse filme é todo ótimo... belo post!
7 de maio de 2010 às 15:06Postar um comentário