25 de abr. de 2010

Cenozóica – Faz parte do meu show

Esta semana, resolvi falar de um cantor tupiniquim. Ele é o Agenor de Miranda Araújo Neto, mas é popularmente conhecido como Cazuza, um dos ícones da música brasileira na década de 80.

Cazuza nasceu em 1958 já com o apelido. Na infância, sequer sabia seu nome de batismo. Quando descobre que um dos seus compositores favoritos, Cartola, também se chamava Agenor (na verdade, Angenor, por um erro do cartório), ele começa a aceitar o nome.

Quase 20 anos depois, em 1980, quando entrou no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone, Cazuza sobe ao palco e canta pela primeira vez. Na mesma época, Léo Jaime o indica para integrar uma banda de garagem. Com os ensaios, nasceu o Barão Vermelho.

Em 1982 o grupo lança seu primeiro álbum, Barão Vermelho. Das canções mais importantes, destacam-se "Bilhetinho Azul", "Ponto Fraco", "Down Em Mim" e a obra-prima "Todo Amor Que Houver Nessa Vida". Um ano depois, lança o disco Barão Vermelho 2. Entretanto, os dois discos pouco venderam.

Em 1983 a banda é convidada a compor e gravar o tema do filme Bete Balanço. A canção, "Bete Balanço", torna-se um grande clássico, impulsionando o filme e o terceiro disco, Maior Abandonado que conquistou disco de ouro.

Em 1985, o Barão Vermelho se apresenta na primeira edição do Rock in Rio. A apresentação da banda no quinto dia tornou-se antológica, por coincidir com a eleição do presidente Tancredo Neves e com o fim da Ditadura Militar. Cazuza anuncia esse fato ao público presente e para comemorar, cantou "Pro Dia Nascer Feliz". Em julho, Cazuza deixa o Barão Vermelho para seguir carreira solo. Em agosto, Cazuza é internado para tratar de uma pneumonia. Ele realiza um teste de HIV, do qual o resultado foi negativo.

Em novembro do mesmo ano, lança o primeiro álbum solo, Exagerado. "Exagerado" se torna um dos maiores sucessos e marca registrada do cantor. Também destaca-se a obra-prima "Codinome Beija-Flor" e a canção "Só As Mães São Felizes" é vetada pela censura.

Em 1987, Cazuza é internado duas vezes com pneumonia, e um novo teste revela que o cantor é portador do vírus HIV. Em seguida, ele é levado aos Estados Unidos e recebe um tratamento a base de AZT. Ao voltar ao Brasil, Cazuza inicia as gravações para um novo disco, Ideologia, que inclui os hits "Ideologia", "Brasil" e "Faz Parte Do Meu Show".

O Tempo Não Para, gravado no Canecão durante a turnê Ideologia, é lançado em 1989. A faixa "O Tempo Não Para" torna-se um de seus maiores sucessos. Ele comparece na cerimônia do Prêmio Sharp de cadeira de rodas, onde recebe dois prêmios.

Burguesia, de 1989, foi gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente enfraquecida. É um álbum duplo, sendo o primeiro disco com canções de rock brasileiro e o segundo com canções de MPB. Burguesia é seu último disco. Cazuza recebeu o Prêmio Sharp póstumo de melhor canção com "Cobaias de Deus".

No dia 7 de julho de 1990, Cazuza morre aos 32 anos. No enterro compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. O caixão, coberto de flores, foi levado à sepultura pelos ex-companheiros do Barão Vermelho.

Em apenas nove anos de carreira, Cazuza deixou 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes.

13 comentários:

Fabiano disse...

Cazuza pra mim é um dos grandes poetas dos anos 80. suas canções serão sempre atuais. uma pena ter nos deixado tão cedo. de qualquer forma para os que não conhecem sua obra vale a pena procurar suas músicas. garanto aos mais jovens que é infinitamente superior a essa bandinhas da moda. exemplo: Cine - aghhhhhhhhhhhhhhhh!

25 de abril de 2010 às 21:26
Anônimo disse...

eu sou muito fão do cazuza
cada musica dele conta uma historia, uma vida.
incrível.

25 de abril de 2010 às 21:27
Bianka disse...

Casuza morreu pra se eternizar (:
Biografia foda *-*
Beijos , parabéns !

25 de abril de 2010 às 21:29
Daniela Melo disse...

ameei a biografia do cazuza! adoro demaaais

parabéns pelo bloog beeijo :*


http://xcircle.blogspot.com/

25 de abril de 2010 às 21:39
Maria Helena disse...

Cazuza se foi, para nunca mais se calar. É impressionante que até hoje ele faz um imenso sucesso, até com pessoas que não pegaram sua época, eu por exemplo. Suas músicas ainda marcam a adolescência de muitos hoje em dia, fazem parte da vida de hoje daqueles que já são pais, mães.. e puderam viver todo brilhante momento, da criação do Barão, os shows no Circo Voador, o primeiro CD solo, quem nunca se pegou cantando exagerado ou então o tempo não para? Ótimo texto e também ótimo tema, porque falar desse poeta é sempre maravilhoso ;)

25 de abril de 2010 às 21:42
Daniel Silva disse...

o cazuza foi um artista muito importante para a nossa música, mas acho que essa coisa toda de poeta e tal era exagerada (ops). como cantor, tinha uma voz limitada, mas fez muito sucesso e eu gosto bastante dele também.

abraço

26 de abril de 2010 às 10:42
Unknown disse...

ele era d+
ena q morreu
mas agora eh eterno

http://vagalnerdkawai.blogspot.com/

26 de abril de 2010 às 10:42
LightSpeed disse...

morreu porque quiz.

ótimo poeta,but burro.

26 de abril de 2010 às 10:45
Clarissa Madalozzo disse...

Só pelo lead percebi que era o germano..gostei da postagem, adoro Cazuza, e conseguiste resumir bem a vida astistica dele.

Cazuza ainda é cheio de vida.

26 de abril de 2010 às 11:26
Guttwein disse...

Impressionante como a imprudência pode por fim a uma das mentes mais brilhantes do cenário musical nacional...

26 de abril de 2010 às 16:57
Millena disse...

Não gosto de cazuza, mas não posso negar que ele imortalizou uma geração.
Excelente post!

26 de abril de 2010 às 18:44
Anônimo disse...

Um ícone que nunca será esquecido.
Boa reportagem!

26 de abril de 2010 às 23:40
one time disse...

Cazuza é um grito de alegria e libertação, não execra sentimentos menores, representa a vida de muitos Eus que se entardecem todos os dias pela manhã. Em vida fez inquirições a si mesmo com insofismável clareza e extremo sentimento de alegria em viver inexcedível agrura de quem reconheceu a vida plena de dor e glória. Sua voz é um bramido de alegria e amor ao sentimento maior que excita a nossa alma a querer ouvi-lo sempre. Ele não pode suportar a humanidade sem sofrer a alegria de saber-se alheio ao que é adverso. Pois revolveu o mais puro sentimento do amor à liberdade e ao esquecimento da civilização. Deixou a herança do seu Eu condimentada pela força do entendimento pela vida como um insano menino amoroso e belo; fez de si um símbolo de amor ao Amor. È com alegria e saudade que me atenho ao seu olhar impuro e doce, para dizer o meu amor ao seu coração de poeta urbano.

28 de abril de 2010 às 11:01