2 de out. de 2009

Courtney Love


Por Paula Febbe

Esta semana estava conversando com algumas pessoas do meu trabalho e me peguei falando de grunge, mais especificamente de bandas femininas grunge. Conversamos até chegar ao assunto “Courtney Love”.

No meio da brincadeira, disse: “Eu gosto da Courtney Love! Eu gosto! Fazer o quê? Confesso! Gosto dela”. Seguidos de meu comentário, vieram alguns outros. Um colega disse: “Gosto menos de você agora”, enquanto uma colega concordou comigo (meio que timidamente): “É! Gosto dela também. Gosto das músicas dela”.

É impossível falar de Courtney e não causar polêmica. Pra muitos homens ela é uma vagabunda e ponto final. Pra muitas mulheres, ela é uma drogada e vagabunda e ponto final. Se for fã do Nirvana, então, pior ainda! Quantas vezes já ouvimos que ela foi a culpada pela morte de Kurt? Mas...Será?

Ok! Pra começo de conversa, vamos tentar pensar nas entrevistas em que ela deu estando sóbria, e não julgar a existência toda de Courtney baseada em quando ela estava bêbada ou drogada (você não gostaria de ser julgado por alguma noite em que bebeu demais, certo?). Que tal se (por uma brincadeira), deixarmos de lado toda a resistência à moça? Só até terminar este post. OK? Não vai doer. Prometo!


Aqui vão algumas razões para você repensar seu ódio ou reforçar seu amor por ela:

1. Courtney é filha de Hank Harrison (escritor e ex-roadie do Grateful Dead);

2. Correm boatos de que Courtney apaixonou-se pela música no reformatório, quando um residente deu-lhe fitas dos Sex Pistols, The Clash e Pretenders;

3. Conheceu Kat Bjelland, futura líder do Babes in Toyland. Ambas mudaram-se para São Francisco e, junto com Jennifer Finch, que viria a tornar-se baixista do L7, formaram a banda Sugar Baby Doll;

4. Um de seus grandes sucessos foi “Celebrity Skin”. Uma crítica à vida de celebridade;

5. Interpretou (muito bem, diga-se de passagem), Althea Flynt, esposa de Larry Flynt, em um filme de Milos Forman (diretor de “Um estranho no ninho”) sobre o dono da revista Hustler;

6. Courtney comprou os direitos da biografia oficial de Kurt Cobain, “Heavier than Heaven” (Mais pesado que o céu), e pretende fazer um filme baseado no livro;

7. Pode ser uma pessoa muito perturbada (você também não seria de tivesse passado por tudo que ela já passou?), mas é uma das poucas pessoas “de verdade” que ainda existem na indústria do entretenimento;

8. Ela tem 45 anos e ainda faz rock n´roll;

9. Quando Kurt morreu, ela foi pro lado de fora de sua casa consolar alguns fãs que choravam a perda do ídolo;

10. Foi casada com Kurt Cobain (Ei! Se ele casou com ela e é seu ídolo, com certeza ele viu algo de muito interessante ali. Kurt não era nada bobo).

Gostando ou não dela, é inegável que a viúva de Kurt Cobain já passou por muita barra pesada nessa vida. Por várias vezes, ela foi a responsável por tais barras, por outras, talvez não tenha sido tão responsável quanto dizem que foi.

Sou muito fã de Nirvana, e devo dizer que demorou até que eu conseguisse ver Courtney de outro jeito, mas depois que parei pra pensar e realmente ler algumas das letras que ela havia escrito e músicas que havia cantado, percebi que talvez ela fosse a versão feminina e mais descarada do próprio Kurt.

Não, ela não o matou, só talvez não tivesse forças para tirar o marido do fundo do poço, quando ela também precisava de alguém que a tirasse de lá.

A verdade é que se Courtney fosse um homem, talvez a mídia não fosse tão dura com ela. Ela viveu muita coisa ruim, e apenas sobreviveu. Acho que não deve ser culpada por isso.

Ano que vem, o novo disco do Hole vai sair, e quando isso acontecer, que tal ouvir e reconhecer a grandeza daquilo que ela faz?

Abaixo, a entrevista que acho que mostra quem ela realmente é:



6 comentários:

Eduardo o/ disse...

confesso q vc me fez rever meus conceitos sobre ela, mas ainda assim tem mtas coisas contra ela

=s

se puder passe no meu blog

http://oarlecrim.blogspot.com/

2 de outubro de 2009 às 18:32
Karina Kate disse...

Você falou muitas coisas que eu não sabia sobre ela! olha só... to até procurando onde ela ta agora... hehe insana!
tks!

2 de outubro de 2009 às 18:37
Gustavo disse...

Legal!
Fiquei sabendo mais ;)
Só a conhecia pelo nome :D

2 de outubro de 2009 às 18:46
Cilla Noronha disse...

Primeiramente, essa história de gostar menos de alguém pelo gosto musical é ridícula... Creio que a pessoa estava brincando, melhor assim, hehehe. Pois bem, conheço quase nada sobre a Courtney, então estou conhecendo melhor neste seu post. Vou ouvir essa música que critica a vida de celebridades, já gostei disso, hehehe. Estou comentando e lendo o post ao mesmo tempo, hahaha. Gostei do item 7, por mais que não a conheça bem, não tenho nada contra pessoas loucas. O mundo é dos loucos, os normais que se danem, hehehe.
"A verdade é que se Courtney fosse um homem, talvez a mídia não fosse tão dura com ela. Ela viveu muita coisa ruim, e apenas sobreviveu. Acho que não deve ser culpada por isso." Adorei esse parágrafo. Gostei das suas ideias, gostei de não ver também tudo com machismo. Gostei muito do layout do seu blog/site, também. Beijocas.

2 de outubro de 2009 às 19:57
natan disse...

confesso que nunca ouvi falar na courtney até eu jogar no google a courtney cox , aquela do FRIENDS e aparecer a Love, mas ta de boa.

curto rock não, mas chegei ate a ter pena dela lendo esse post
=D

sempre boa suas postagens Uriel
=D

3 de outubro de 2009 às 11:16
Daiane disse...

Conheci o Nirvana primeiro e como a maioria dos fãs da banda acabei não gostando muito da Courtney de início, já que ela é sempre apontada como a culpada das coisas ruins que aconteceram, inclusive da morte do vocalista. Mas depois ouvi a banda dela - Hole - e amei. Com o interesse pela banda veio o interesse por ela própria e lendo as entrevistas dela e vendo as coisas que ela faz dá para perceber que ela é, na verdade, uma mulher muito talentosa, inteligente e forte, com uma vida conturbada. Hoje sou mais fã dela do que do próprio Kurt Cobain.
Adorei o post.

14 de outubro de 2009 às 20:32