21 de abr. de 2009

Entrevista com a Oh!


DeGaragem: Qual a inspiração do nome?
Lourenço: A idéia inicial surgiu de uma revista em quadrinho que li do Batman num episódio do Coringa, e houve um debate sobre a oh. Faz uns dois anos isso, mas na minha cabeça eu projetei usar este nome para uma banda.

DG: A tua presença no palco é puramente cênica, por quê?
Lourenço:
Acho que a ironia está em mim, nós tentamos fazer um humor irônico e não escrachado. Quando estou no palco parece não ser eu porque fora dele sou muito tímido.

DG: Fale um pouco da criação das composições.
Lourenço:
Procuramos não ser igual a ninguém, somos influenciados desde pequeno e levamos isso nas nossas músicas. Me baseio no cotidiano e o torno mais artístico, por isso o colorido.

DG: Como foi dividir o palco com Nei Lisboa na homenagem de 30 anos de carreira do músico?
Lourenço:
Foi muito bom, meu pai ouvia as músicas dele e tocava no violão pra mim.

DG: A formação no curso da Unisinos auxiliou na visibilidade?
Lourenço:
Sim. Pelo pouco tempo da banda vejo que crescemos. Eu não esperava que crescêssemos rápido, mas queria que fosse mais rápido.

DG: Qual o gostinho de ser matéria no portal G1?
Lourenço:
Eu li chocado porque eu nunca havia lido uma critica referente a nós, depois da décima quinta leitura eu fiquei rindo. Na Zero Hora nos compararam com os Jonas Brothers versão gente grande.

DG: E isso não ofendeu?
Lourenço:
(risos) Olha, se conseguirmos atingir metade do sucesso deles eu ficaria muito satisfeito.

DG: Mesmo com as criticas ruins? Não dá medo?
Lourenço:
Qualquer critica é válida! Falando da gente....

DG: Qual o objetivo que querem atingir?
Lourenço:
A gente quer ser visto.

DG: Tu consideras a Oh! mais uma banda talentosa e sem espaço no mercado?
Lourenço:
Somos quase talentosos na procura de espaço, ainda falta chegar ao auge do talento, mas depois do auge vem a queda.

DG: O que falta para o sucesso das bandas independentes do estado?
Lourenço:
O espaço é limitado e tem muita concorrência, por isso tem que ser diferente e ao mesmo tempo agradar o público. Falta as bandas se unirem mais na busca de apoio.

DG: Esta dificuldade teria influência pelo estilo de música mais europeu que se limita ao estado?
Lourenço:
Somos um estado frio que não deixa de ser um pedaço europeu do país e o estilo musical condiz a isso. O estilo da música separa mais o estado porque é uma peculiaridade que chama atenção, mas que também isola. Somos tão bairristas que acabamos não permitindo o próprio crescimento.

DG: Porque as pessoas ouviriam a música de vocês?
Lourenço:
Eu recomendaria porque são músicas fáceis, não possuem aquela complexidade. São cruéis, coloridas e abertas para as próprias interpretações.

DG: Qual a música da Oh! que é a tua preferida e porque?
Lourenço:
Colorido Artificial. A letra tem um clima colorido e malícia implícita, tem uma influência latina.

DG: Qual a tua cor preferida?
Lourenço: Roxo. O Rio Grande do Sul é dividido em azul e vermelho, o roxo é o meio termo e que melhor representaria o estado.

DG: Todos os integrantes são daqui?
Lourenço:
Dois são de São Leopoldo e o resto de Porto.

DG: E como fazem pra ensaiar?
Lourenço:
Dividimos entre as duas cidades.

DG: E como vão até os ensaios?
Lourenço:
De trem.

DG: Mas e os instrumentos? Não fica perigoso?
Lourenço:
Levamos tudo no trem. Capaz, andando junto não tem problema.

DG: Defina a Oh!
Lourenço:
Um ponto de exclamação.


DG: Defina o Lourenço!
Lourenço:
Um ponto de interrogação.

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