Cat Power: "The Greatest" intimista

Cat Power: "The Greatest" intimista

Poucos conhecem a cantora Chan Marshall, vulgo Cat Power, mas quem já a ouviu, com certeza nunca esqueceu aquelas voz aveludada e cheia de sussurros. Pois então, a musa indie se apresentou no Opinião, em Porto Alegre, nesta última quinta-feira, com um show extremamente intimista e minimalista.

Com certeza eu não sou o maior fã, mas a casa estava cheia para receber o show da guria. Guria-mulher. Apesar de sua carinha adolescente, Chan já tem 38 anos e começou sua carreira em 1995, quando lançou "Cat, Dear Sir".

O show de Porto Alegre teve foco no álbum Jukebox, segundo de covers da cantora, e The Dark end of The Street, EP de covers com oito faixas que ficaram de fora de Jukebox, com direito a um Rolling Stones completamente renovado em Satisfaction, no maior estilo folk, do jeito que ela gosta.

Na primeira apresentação da Cat Power, que lotou o Garagem Hermética em 2001, rolou uns boatos que ela não curtia muito as pessoas falando durante o espetáculo, foi testado naquela época e comprovado agora, teve momentos que os "shh...", pedindo para fazer silêncio se intensificaram.


Fora isso, Chan agradeceu o público em português com um audível "obrigado", além de ter se comunicado dizendo que estava apaixonada pela plateia, que deu um retorno ótimo para a cantora, acompanhava quando ela pedia, escutava quando necessário e aplaudia no final de cada música.

O show dela é um espetáculo lindo, enquanto tem bandas que apelam para a sonoridade dos instrumentos, a Cat Power conseguiria se virar sozinha no palco, segurando o público apenas com sua voz, nem que fosse declamando as músicas, como se contasse uma historia. E assim é o espetáculo, calmo, contínuo e lindo.