5 de abr. de 2010

O Kurt morreu, o grunge não

Hoje é o aniversário de morte de dois dos ícones do grunge, Kurt Cobain(Nirvana) e Layne Staley(Alice in Chains), apesar de dizerem que com a morte do primeiro, o grunge morreu junto, discordo completamente disso, e vou provar porquê.

Ironicamente, em um trabalho da faculdade, há pouco menos de duas semanas, eu defendi com unhas e dentes um projeto de documentário sobre o grunge, cujo os professores alegaram que não teria material suficiente.

Eu não sou grunge, pelo menos não me considero, mas sempre gostei do som e sou adepto ao jeito deles de se vestir. Apenas para deixar claro.

Se o pessoalzinho aí não sabe sobre o que estou falando, vamos fazer um resgate histórico para relembrar um pouco os anos de ouro desse movimento cultural-musical que, para muitos, durou pouco mais de 10 anos, e para outros é levado como um estilo de vida até hoje, vivendo ainda entre os anos 1983 e 1994.

Em 1983, as ruas de Seattle estavam lotadas de moleques cheios de energia e revolta prontos para explodir. A música pedia um gênero que reunisse toda a agressividade do punk e do hardcore - e o grunge chegou com força total para preencher esse vazio, sob o apoio do selo independente Sub Pop.
Alguns anos depois, Kurt conheceu o músico Chris Novoselic, e ambos descobriram o interesse mútuo do punk. Em 1987, surgiu o Nirvana, que atingiu o ápice em 1991, com o lançamento do lendário Nevermind.

Sem a presença de seu artista mais criativo, o grunge definhou. O Nirvana lançou mais dois álbuns, MTV Unplugged in New York e uma compilação de alguns shows da banda, From the Muddy Banks of the Wishkah.

A revolução que o grunge havia trazido, com sua pose anti-indústria e suas guitarras distorcidas, nunca morreu, mas o movimento se tornou história com a morte de Kurt Cobain.

Como disse no início, alguns afirmam que o grunge morreu, junto com o Kurt e com o Nirvana, mas curiosamente diversas bandas da época estão retomando suas carreiras. Chris Cornell e Soundgarden voltaram após um hiato de 13 anos, esse foi só o início. Logo depois o Alice in Chains anunciou um novo vocalista e lançou um novo álbum, além do Pearl Jam ter retornado aos estúdios. Para completar este retorno agressivo do grunge, ainda teve a Courtney Love ressucitando o Hole.

O movimento não tem mais a mesma força que antigamente, óbvio que outros vem e substituem, mas o Nirvana continua influenciando diversas bandas por meio de novos lançamentos e relançamentos. O que eu poderia dizer aqui, que em 16 anos nunca foi dito sobre o Kurt? Não tenho a mínima ideia, mas apenas para deixar claro que o legado do Nirvana continua com força total e o grunge continua tão vivo quanto antigamente, mas agora está se reabilitando.

Pois, para pessoas como os meus professores que acham que o grunge não tem mais material suficiente para render uma boa discussão ou reflexão, olhe para trás na história e olhe para o que é a música hoje. O grunge ainda rende muito.

Fiquem com um dos meus vídeos preferidos do Kurt tocando no especial MTV Unplugged in New York, no maior clima funeral, um pouco antes de 1994. Me pergunto se o funeral homenageado neste vídeo era o dele.

6 comentários:

Cissa Mada disse...

Ótima postagem, defendeu bem o teu ponto de vista. Esclarecedora.

7 de abril de 2010 às 00:23
LightSpeed disse...

Cara não conheço outra banda grunge sem ser nirvana xD huahuahua xD
por isso que eu acho que morreu,não tem nenhuma conhecida =/

7 de abril de 2010 às 01:53
Daniel Silva disse...

o Alice In Chains voltou no ano passado com um puta disco. Apesar de soar bem heavy metal, quem vai dizer que aquilo não é grunge?

Sobre o Kurt, foi um cara importante, sem dúvida, mas superestimado.

abraço

7 de abril de 2010 às 10:55
Pobre esponja disse...

Esse acústico, que acontecera perto do falecimento de Kurt, foi iluminado. Parece que estava escrito.
Não tem como negar que certas mortes fazem revoluções. Se o Roberto Carlos tivesse morrido antes dos 80 talvez fosse mais venerado pelos não brega. Mas o bom é viver e, dentro do impossível, manter suas ideologias.

abç
Pobre Esponja

7 de abril de 2010 às 11:51
Brunão disse...

Apesar de não gostar muito desse estilo de música, você defendeu bem seu ponto de vista. Muito bem escrito.

Visite meu blog tbm: http://brunaorsj.blogspot.com

7 de abril de 2010 às 11:54
Samarav disse...

muito bom. eu já vi um livro que falava sobre ele, e to mesmo curiosa para ler ;)

otimo post

beijo

7 de abril de 2010 às 14:57