11 de dez. de 2009

As 10 melhores músicas da década, pela crítica

Fim de ano, natal chegando, enfim... temporada das famigeradas listas, como já pode ser visto. Lista dos melhores álbuns, dos piores álbuns, das melhores músicas. Tem listas pra dar e vender, e como já é de praxe o semanário News Musical Express, a NME, divulgou a lista das 100 melhores músicas da década, escolhidas pela crítica especializada.

Analisar 100 músicas, é muita coisa, por isso vai ser analisado apenas o Top10, se quiser saber todos os 100, pode vir por aqui.





A lista começa do décimo, pra deixar a galera curiosa pra descer de uma vez pro primeiro. A banda que ocupa a última posição do Top10 é Arctic Monkeys com a música A Certain Romance. Não é um grande hit single, com certeza, mas é uma das músicas pela qual Alex Turner tem maior afeição. Você devia estar esperando por I Bet a Look On The Dance Floor, certo? Mas não, os críticos caíram nos charmes de A Certain Romance, a faixa que fecha o debut album da banda. É uma canção estranhamente equilibrada, em que Alex Turner começa desprezando os cidadões locais - "as crianças que gostam de brigar com tacos de sinuca" - então aparece para absorver até o final da música - "o que eu posso dizer, eu os conheço faz um bom tempo..." - Mostrando que ele pode ter simpatia tão bem quanto escárnio, é a prova única do dom de um cantor lírico.





O nono lugar fica por conta da banda Arcade Fire com a música Rebellion (Lies). Uma entrada de bateria, seguido com a linha do baixo e logo depois o teclado, quer uma intro com mais presença do que essa, que faça os cabelos do seu braço arrepiar por antecipação? A partir daí a canção surge tão elegantemente a um clímax apaixonate que faria o coração mais frio se derreter. Sobre o que é? As imagens de paranoia e dissimulação de Win Butler, são dicas de que é uma canção sobre auto-afirmação, mas o desvio de curso da música sugere outra coisa. Como muitas outras músicas do Arcade Fire, Rebellion dá um murro emocional em quem está ouvindo, principalmente porque as letras são confusas.






O oitavo lugar ficou com os maiores rivais do Oasis, que nem apareceram na lista. Out of Time é o primeiro lançamento do Blur sem Grahan Coxon, a música mostra uma banda mais instrospectiva. Quando tinha apenas três deles, eles pediram ajuda a músicos de Marrakech no violoncelo, violino e similares, para ajudar na melodia da música, pegando uma amostra de Doctor Who para o ruído de abertura. A faixa veio com um vídeo anti-guerra e foi a primeira a fugir das características da banda em formato algum. Curiosamente, a música ficou em 16° lugar na lista de músicas do ano, de 2003.






O sétimo lugar da lista ficou com Klaxons e a música Golden Skans. "Atlantis to Interzone" e "Gravity's Rainbow" podiam ter sido as primeiras músicas a alertar do fenômeno neon, que estava por vir, mas foi "Golden Skans" que viu o Klaxons conquistar a música pop clássica e escapar de qualquer influência externa. A música já tinha sido eleita como melhor música do ano de 2007. Curiosamente, o público colocou ela em 100° lugar entre as melhores músicas da década.









O sexto lugar ficou com a banda The Rapture e a música House of Jealous Lovers. O scratch da guitarra, a batida freneticamente dançante da bateria e do sino de vaca, além do vocal torturante gritando "House of Jealous Lovers" são as peças principais desta música dançante do post-punk. Originalmente lançada em 2002, mas devidamente conhecida apenas em 2003, foi a música que fez com que os dois lados do Atlântico acordassem para o punk dançante destes garotos do Brooklyn. Um ano e uma tour depois, The Rapture ficou conhecido e palmas nas discotecas eram obrigatórias.








Outkast conquistou a quinta posição da lista, com nada mais nada menos que Hey Ya. Se você for um DJ e não tiver mais nada para tocar de manhã cedo, esta é a sua arma secreta. Apenas com o início "one two three uh", você vai ver todas as pessoas do bar apostarem uma corrida até a pista, "to shake like a polaroid picture" - para balançar feito uma Polaroide -, com Hey Ya. A faixa destaque do álbum intocável Speakerboxxx/The Love Below da dupla Outkast, que surgiu por entre a alma soul/funk/jazz de Andre 3000. Mesmo com todos os cortes do disco, a caracterização do rap junto com um vocal regravado 30 vezes e apoiado por um excelente espírito Beatles, no videoclipe, faz com que a música se torne o perfeição do pop.








Uma posição antes do pódio, M.I.A ficou com o quarto lugar com a música Paper Planes. Com Switch e Diplo, que dividem a produção de "The Clash's Straight to Hell", essa música sempre esteve destinada à grandeza. Temperada com barulhos de tiros e com uma letra de confronto, Paper Planes é uma das faixas mais economicamente inviáveis vindo a ser conhecida por causa do filme Slumdog Millionaire com uma nomeação ao Grammy, Dizee Rascal e os clubes da Europa também ajudaram.







A medalha de bronze desta competição ficou por conta da banda The Strokes com a música Hard To Explain, o primeiro single deles ainda me parece irresistível. Voltando em 2001, quando a paisagem musical estava mais para um árido deserto, eis que surge um oásis. Poucas pessoas haviam escutado um EP chamado The Modern Age, mas com a chegada desta faixa, a Strokesmania também chegou ao Reino Unido e, de lá, se espalhou para o mundo. Essa música ferveu as nações pelos quatro cantos e declarou que os anos de seca musical haviam acabado. Apoiada pelos famigerados "New York City Cops", essa faixa encontrou o seu caminho nas caixas de som de DJ Koko a John O'Groats e ficou em sétimo lugar, na lista de melhores faixas de 2001.







O segundo lugar ficou com Time to Pretend da banda MGMT. “I'm feeling rough, I'm feeling raw, I'm in the prime of my life / Let's make some music, make some money, find some models for wives / I'll move to Paris, shoot some heroin and fuck with the stars / You man the island and the cocaine and the elegant cars” - Assim começou a língua MGMT, ganhando uma ascenção quase que inevitável, após o lançamento de um clássico. Na época atingiu o número 35, nas paradas internacionais, mas chegou a ser a quarta melhor música de 2008.









Finalmente chegamos ao primeiro lugar, a medalha de ouro, o favorito de todos os críticos e que prova a dificuldade de pública e crítica não se entenderem de forma alguma, o topo do pódio ficou com Beyoncé e Crazy In Love. O melhor single da Beyoncé foi lançado em 2003 para uma aclamação universal, pulando direto para o primeiro lugar nas paradas da America e do Reino Unido e ganhando dois Grammys ao longo do caminho. Construído em cima de uma amostra da batida do hit de 1970 "Are you my Woman? (Tell Me So)" e com o rap do namorido Jay-Z (que teria sido feito em 10 minutos de improviso, às três da manhã, no estúdio) essa música se tornou um clássico. Se você for julgar uma música pelo número de vezes que fazem cover dela, então saiba que essa música tem versões de inúmeros artistas, de Snow Patrol a Switchfoot e The Magic Numbers.

Na próxima postagem, eu trago cinco fatos sobre a Música da Década, enquanto isso vocês podem curtir a música, lógico que na versão original.









Confira a lista das 10 melhores músicas da década, escolhidas pelo público. E compare.

4 comentários:

Dú Esperanco disse...

beleza??
bom, não vi o Top 100(haja música, hehehe)
mas esse Top 10 tá bem pop, não aquele pop que não sai da rádio, mas sim o pop bem construído e pensado, passando pelo rock de arctic monkeys e klaxons(essas duas músicas dessas duas bandas não são minhas favoritas).
de qualquer jeito, é uma lista justa.
na minha opinião, faltou uma música do Coldplay!
uma dica:Lost!
ABRAÇOS
parabéns, de verdade

14 de dezembro de 2009 às 11:17
Marcus disse...

Esse top 10 é pop! uhauahuh apesar de não gostar muito desse estilo musical, achei legal as musicas escolhidas!

14 de dezembro de 2009 às 12:42
Anônimo disse...

Não conheço algumas das músicas, mas as que ja ouvi são muito boas, bem escolhido!!!

14 de dezembro de 2009 às 12:49
Guilherme disse...

ou seja, não tiveram musicas boas nessa década.

15 de dezembro de 2009 às 10:40